17 de abr. de 2012

Glitch Art - Tilts e bugs que viram intervenção estética

A origem do termo glitch é alemã e se refere a disfunções ocasionais em um determinado programa ou sistema erletrônico. Trata-se, basicamente, de uma falha sem nenhuma causa aparente na imagem que você vê na tela do computador.




Pois bem, o termo virou mote para um novo modelo de intervenção artística, chamado de glitch art - alguns se referem ao mesmo como data mosh. No caso, as obras são corrompidas propositalmente, boa parte das vezes com um viés crítico, além da proposta de ruptura estética em si.




Nesse território, o designer gráfico brasileiro José Irion Neto nada de braçadas. Gosto, praticularemente das séries feitas com imagens aleatórias do trânsito, bem como os experimentos com retratos de Nietzsche e de Frida Kahlo, que integram este post.



Recomendo, contudo, uma visita ao Flickr do José Irion, que tem muita coisa boa para conferir.

16 de abr. de 2012

Era uma vez uma moto abandonada que virou um abajur...

Tira daqui, puxa de lá, toda a tralha que vai sobrando os mecânicos da oficina Classified Moto reciclam e transformam em objetos de decoração vintage.


Localizada em Richmond, na Virgínia, a oficina é especializada no conserto de motos antigas e descobriu um baita de um filão investindo na onda do upcycling.




Vale a pena ver o vídeo abaixo que mostra todo o processo de produção de um abajur retrô bacanésimo a partir de peças de motos abandonadas. Destaque para a trilha do Black Rebel Motorcycle Club.



Viagens literárias

A Metamorfose, de Franz Kafka, muito bem misturada com Medo e delírio em Las Vegas, de Hunter Thompson, resultou na animação que você confere abaixo, e que tem por fim servir como teaser para divulgar a livraria online GoodBooks.

Uma verdadeira viagem!

15 de abr. de 2012

Ocupação Angeli

Angeli é o primeiro homenageado do projeto Ocupação em cartaz no Itaú Cultural, que trará, ao longo do ano, mostras dedicadas a artistas como Cildo Meireles, Chico Science e Zé Celso.


Gênio do humor sarcástico, com tiradas inteligentes e personagens politicamente incorretos, o cartunista ironiza a vida cotidiana nas páginas da Folha de São Paulo há quatro décadas.



Quadrinhos, charges, ilustrações, capas de disco, filmes e vídeos de quatro décadas de produção do criador dos personagens Rê Bordosa, Bob Cuspe e Woody & Stock podem ser apreciados até o final deste mês.





Fui e recomendo!

14 de abr. de 2012

Abrindo os olhos com Mentalgassi

Mentalgassi é um coletivo de Berlim que faz belas e surpreendentes intervenções em objetos urbanos comuns, dando a eles rostos por meio de stickers com fotografias de expressões humanas impressionantes.








Fazer arte urbana para abrir os olhos das pessoas. Essa é a filosofia do coletivo artístico (e anônimo) Mentalgassi.




Abaixo um making of, publicado recentemente pelo Wooster Collective, que mostra como eles atingem tal grau de perfeição com suas intervenções:

A louca evolução da humanidade

Stop motion bem bacana by Boolab

12 de abr. de 2012

The 140 film: o filme de 140 tweets

A proposta do projeto #the140film é criar o roteiro de um filme inteiramente por meio de tweets. Os idealizadores, Derek Dodge e Creighton, lançaram os dois primeiros tweets e, a partir deles, qualquer um pode dar sequência à história, tal qual aquela brincadeira do telefone sem fio. Além de fazer sua colaboração, em inglês obrigatoriamente, é possível votar, retwittando, a melhor contribuição dada até o momento.

Cada tweet que for retwittado dez vezes por diferentes usuários torna-se automaticamente uma sequência do filme que Derek e Creighton garantem que vão produzir com recursos próprios e total fidelidade ao que foi twittado.

Restam ainda alguns tweets... Arrisca?


10 de abr. de 2012

Os 10 melhores começos de livros

Como toda lista, polêmica, mas instigante. Replico aqui uma seleção feita pela referencial Revista Bula do Carlos Willian Leite com os 10 melhores começos de livros de todos os tempos. 

A relação foi feita com base no depoimento de 35 convidados, de díspares perfis. Cada participante poderia indicar até três começos inesquecíveis, de autores brasileiros ou estrangeiros de todas as épocas. 

Convido e desafio meus colegas a incrementar esse belíssimo conteúdo. Deleitem-se!

Notas do Subsolo
(Dostoiévski)
“Sou um homem doente... Sou mau. Não tenho atrativos. Acho que sofro do fígado. Aliás, não entendo bulhufas da minha doença e não sei com certeza o que é que me dói. Não me trato, nunca me tratei, embora respeite os médicos e a medicina. Além de tudo, sou supersticioso ao extremo; bem, o bastante para res­peitar a medicina. (Tenho instrução su­fi­ciente para não ser supersticioso, mas sou.) Não, senhores, se não que­ro me tratar é de raiva. Isso os se­nho­res provavelmente não compre­en­dem.”

O Complexo de Portnoy
(Philip Roth)
“Ela estava tão profundamente entranhada em minha consciência que, no primeiro ano na escola, eu tinha a impressão de que todas as professoras eram minha mãe disfarçada. Assim que tocava o sinal ao fim das aulas, eu voltava correndo para casa, na esperança de chegar ao apartamento em que morávamos antes que ela tivesse tempo de se transformar. Invariavelmente ela já estava na cozinha quando eu chegava, preparando leite com biscoitos para mim. No entanto, em vez de me livrar dessas ilusões, essa proeza só fazia crescer minha admiração pelos poderes dela.”

O Apanhador no Campo de Centeio

(J.D. Salinger)
“Se querem mesmo ouvir o que aconteceu, a primeira coisa que vão querer saber é onde nasci, como passei a porcaria da minha infância, o que os meus pais faziam antes que eu nascesse, e toda essa lenga-lenga tipo David Copperfield, mas, para dizer a verdade, não estou com vontade de falar sobre isso. Em primeiro lugar, esse negócio me chateia e, além disso, meus pais teriam um troço se contasse qualquer coisa íntima sobre eles. São um bocado sensíveis a esse tipo de coisa, principalmente meu pai. Não é que eles sejam ruins — não é isso que estou dizendo — mas são sensíveis pra burro.”

Grande Sertão: Veredas

(Guimarães Rosa)
‎“NONADA. TIROS QUE O SE­NHOR ouviu foram de briga de ho­mem não, Deus esteja. Alvejei mira em árvores no quintal, no baixo do cór­rego. Por meu acerto. Todo dia isso faço, gosto; desde mal em minha mo­cidade. Daí, vieram me chamar. Causa dum bezerro: um bezerro branco, er­roso, os olhos de nem ser — se viu —; e com máscara de cachorro. Me disseram; eu não quis avistar. Mesmo que, por defeito como nasceu, arrebi­tado de beiços, esse figurava rindo feito pessoa. Cara de gente, cara de cão: deter­mi­naram – era o demo.”

A Metamorfose

(Franz Kafka)
“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intran­quilos, em sua cama meta­morfo­seado num inseto monstruoso. Estava dei­tado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, mar­rom, dividido por nervuras arqueadas, no topo de qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavel­mente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremu­lavam desamparadas diante dos seus olhos.”

Anna Kariênina

(Liev Tolstói)
“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz é infeliz à sua maneira. Tudo era confusão na casa dos Oblónski. A esposa ficara sabendo que o marido mantinha um caso com a ex-governanta francesa e lhe comunicara que não podia viver com ele sob o mesmo teto. Essa si­tuação já durava três dias e era um tormento para os cônjuges, para todos os familiares e para os criados. Todos, familiares e criados, achavam que não fazia sentido morarem os dois juntos e que pessoas reunidas por acaso em qualquer hospedaria estariam mais ligadas entre si do que eles”.

O Ventre

(Carlos Heitor Cony)
“Positivamente, meu irmão foi acima de tudo um torturado. Sua tor­tura seria interessante se eu a explo­rasse com critério — mas jamais me preocupei com problemas do espírito. Belo para mim é um bife com batatas fritas ou um par de coxas macias. Não sou lido tampouco. A única atração que tive por livro limitou-se à ilustra­ção de um tratado de educação sexual que o vigário do Lins fez o pai comprar para nosso espiritual proveito. Só creio naquilo que possa ser atingido pelo meu cuspe. O resto é cristianismo e pobreza de espírito.”

Moby Dick

(Herman Melville)
“Chamem-me simplesmente Ismael. Aqui há uns anos não me peçam para ser mais preciso —, tendo-me dado conta de que o meu porta-moedas estava quase vazio, decidi voltar a navegar, ou seja, aventurar-me de novo pelas vastas planícies líquidas do Mundo. Achei que nada haveria de melhor para desopilar, quer dizer, para vencer a tristeza e regularizar a circulação sanguínea. Algumas pessoas, quando atacadas de melancolia, suicidam-se de qualquer maneira. Catão, por exemplo, lançou-se sobre a própria espada. Eu instalo-me tranquilamente num barco.”

O Amanuense Belmiro

(Cyro dos Anjos)
“Ali pelo oitavo chope, chegamos à conclusão de que todos os problemas eram insolúveis. Florêncio propôs, então, um nono, argumentando que outro copo talvez trouxesse a solução geral. Éramos quatro ou cinco, em torno de pequena mesa de ferro, no bar do Parque. Alegre véspera de Natal! As mulatas iam e vinham, com requebros, sorrindo dengosamente para os soldados do Regimento de Cavalaria. No caramanchão, outras dançavam maxixe com pretos reforçados, enquanto um cabra gordo, de melenas, fazia a vitrola funcionar.”

Cem Anos de Solidão

(Gabriel García Márquez)
“Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo. Ma­condo era então uma aldeia de vinte casas de barro e taquara, cons­truídas à margem de um rio de águas diá­fanas que se precipitavam por um lei­to de pedras polidas, brancas e enor­mes como ovos pré-históricos. O mundo era tão recente que muitas coisas careciam de nome e para men­cioná-las se precisava apontar com o dedo.”

Famosos em Miniatura

A revista infantil espanhola Bbmundo publicou um belíssimo editorial de moda que traz artistas famosos em versão miniatura. Qualidade rara de ser ver em publicações do gênero.


São crianças caracterizadas como Frida Kahlo, James Dean, Andy Warhol, Marylin Monroe, entre outros ícones da cultura mundial. Os cliques, que ilustram a matéria The iconics, são da fotógrafa Olga Laris.




O site da revista também publicou um vídeo bacanésimo com o making of do ensaio.

9 de abr. de 2012

Sobrou espaço na mala? Que tal ganhar uma grana com isso?

Algum conhecido seu vai viajar para o exterior e você quer que ele lhe traga algo: um tablet, um tênis, um perfume... O empecilho mais comum: a falta de espaço na bagagem do sujeito. Daí que você não conhece mais ninguém que vá para o exterior naquela época e desiste, certo?


Não necessariamente. Uma alternativa que vem ganhando popularidade na web é o Canubring.com. Basicamente, a proposta é intermediar o contato entre aquele que tem condições e interesse em vender o espaço disponível na mala e outro que está disposto a  pagar uma espécie de frete por isso e ter o produto desejado o quanto antes.


Os que viajam inserem os seus vôos na página e esperam o contato de alguém que precise de algo dessa mesma rota. Uma vez em contato, acordam um valor e como será feita a entrega no destino. Simples assim!

Fica a dica.

5 de abr. de 2012

Um zine inteiramente dedicado ao José Mayer???

Isso mesmo. Não é brincadeira, não! Foi criado pela Mitsu > Sometimes Always. Tem 32 páginas no formato 148x210mm (A5) e pode ser adquirido aqui por $ 5. Achei a sacada genial para gerar buzz!












(via URBe)