15 de out. de 2013

Debaixo do viaduto tinha uma escola, um professor e um resquício de fé na humanidade

Fiquei pensando em como fazer aqui uma homenagem aos professores nesse dia que, ao mesmo tempo, se estendesse a todos, independente de sua história particular, e que fosse mais 'substantiva' do que 'adjetiva', como aprendemos nas aulas de redação. Depois de vasculhar um pouco a web, me deparei com a figura de Rajesh Kumar Sharma que, penso eu, sintetiza de maneira ímpar todos os atributos de um verdadeiro mestre. Eis sua história e minha singela dedicatória:


Sharma não é um professor de verdade, ou melhor, não tem a formação apropriada de um. Na verdade, ele tem uma mercearia em Nova Delhi, na Índia, e durante pelo menos duas horas por dia, enquanto deixa seu irmão no comando do negócio, corre para sua escola improvisada ao ar livre, debaixo de um viaduto.




Isso mesmo! Sharma criou uma escola improvisada debaixo de uma ponte de metrô, onde ele ensina crianças das favelas da região.  Não há paredes ou mesas, apenas a ponte agindo como um telhado de proteção em caso de chuva, e três quadros negros pintados. 



As crianças, com idade entre 4 a 12 anos, aprendem matemática, escrita e leitura básica - disciplinas fundamentais para que possam vir a ser admitidas futuramente em escolas públicas na Índia.


Sharma foi para Nova Delhi com 20 anos e foi forçado a abandonar a escola de administração durante seu terceiro ano de estudo, devido a restrições financeiras e, por isso mesmo, não quer ver ninguém conhecer o mesmo destino. Hoje, aos 40 anos, ele acredita que a educação é a arma mais importante para a juventude de seu país.




"Nosso professor nos mostrou que a única forma de evitar a pobreza extrema é abrindo a sua mente e que isso só pode ser feito por meio da educação", disse um de seus alunos para a reportagem da NBC que o descobriu no início desse ano em meio a uma de suas aulas.



6 comentários:

  1. Achei essa história impressionante. As fotos emocionam, dizem mais do que milhares de palavras. Parabéns pelo post edificante e inspirador.

    Não pude deixar de reparar pelo arquivo do blog que o número de postagens vem caindo ano após ano. Faça o possível para não deixar tal tendência triste prosperar. Eu, escritor de blogs que pouca gente lê desde 2007, sou solidário em dizer que nunca devemos desistir ou desanimar de escrever sobre aquilo que criamos e/ou acreditamos.

    Fique com Deus e tenha sucesso!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E verdade, Leonardo. Ver situações assim, é que me fazem ter fé e esperança, para dias melhores. Que me fazem crer que ainda existem muitas e muitas pessoas de coração integro. Que não foram corrompidas pela pela avareza e egoísmo.Não se consegue chegar a algum lugar olhando para o próprio umbigo, e isto vamos aprendendo. Pois somos apenas visistantes neste mundo,viemos aqui para aprender e ensinar.Que vcs continuem com os blogs, nos mostrando imagens como esta,para que aprendamos dar valor ao que temos, e principalmente... dividirmos com o próximo um pouco que seja.
      Valéria Mendes

      logo abaixo copio um texto que uma garota de 17 anos escreveu...



      Excluir
  2. Obrigado pelas palavras Leonardo! O blog realmente está pouco atualizado, mas não vai parar, não!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. E parabéns Paulo Moura! continue nos trazendo notícias do mundo, com relatos, que nos traga vontade no coração,de continuar tentando... e acreditando que: basta querer, para acrescentarmos algo de positivo no mundo.
      abçs,
      Valeria Mendes

      Excluir
  3. "Do pó viemos e ao pó voltaremos (GN 3:19)"
    Todos nascemos nus incrédulos doridos e lacrimosos, todos morremos quando... quando perdermos a esperança de lutar. Todos morremos quando deixamos de dar valor ao que realmente importa. Todos morremos quando simplesmente a nossa existência deixa de ser notada e essencial para os outros. A vida nada mais é que uma passagem, uma viagem, uma oportunidade de viver e dar vida, de conhecer e de fazer conhecer mas fundamentalmente de sermos felizes, cada um à sua maneira, cada um há sua forma e sempre dentro da liberdade individual de cada um, nunca colocando as dos outros em segundo plano.
    A realidade é crua, vá, escamoteada e ignorada. Não é aceitável uns nascer com tudo e outros com nada, tendo esses seres ambos vindo de locais idênticos de duas fêmeas distintas. Não é aceitável que se gaste milhares de vezes mais dinheiro em futilidades por 1/3 da população e a estante população mundial não ter acesso a cuidados básicos de alimentação e higiene.
    Não me preocupa minimamente os que nasceram com as oportunidades todas na mão e simplesmente a abriram e perderam tudo, até a própria "vida". Preocupam-me sim aqueles a quem todas a oportunidades foram rejeitadas a partir do momento que clamaram o seu primeiro gemido. Não há maior injustiça a que todo ser humano está sujeito que não o leito onde se nasce.( escrito por Carlos Rocha 17 anos)


    Valéria Mendes

    ResponderExcluir
  4. Façp minhas as palavras de Augusto Cury... O EDUCADOR É UM ARTESÃO DA PERSONALIDADE... UM POETA DA INTELIGENCIA... UM SEMEADOR DE IDEIAS.... e digo que esses professores nao são professores.... mas verdadeiros EDUCADORES.... que não se limitam... e mesmo nao tendo na realidade essa formação.... no entanto tomam para si... póis o mais importante é compartilhar conhecimento...

    ResponderExcluir