21 de jan. de 2010

"Eu não sou artista plástico"

O paraibano Francisco Leite, mais conhecido como Shiko, é um cara simples, direto, preguiçoso, segundo ele mesmo, gosta muito de se divertir e tem um talento que impressiona.

Quadros, capas de discos, caricaturas, HQ, esculturas, fanzines, storyboards, desenhos para tatuagem, campanhas publicitárias, grafitagem, flyers, cartazes… nada escapa à sua arte, embora ele sempre afirme em alto e bom som que não é artista plástico.

“É algo que não diz nada sobre o que você faz. Quer dizer que você pode enfiar uns pregos num sabonete, sei lá. E minha vida como artista plástico seria como? Produzir um material que seria exposto, colocado à venda? Isso é o que eu menos faço, nunca foi o foco que eu quis dar”, explica.
Com a cabeça em Taxi Driver, ouvidos em John Coltrane e o coração nas pin-ups, o artista plástico Shiko tornou-se uma das melhores referências em pop art do Nordeste. Já expôs em mais de dez feiras de arte e incontáveis exposições coletivas ou individuais. Teve seu Marginal Zine publicado como coletânea pela editora independente Marca de Fantasia. Blue Note, por sua vez, seu HQ mais famoso, foi patrocinado pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, mantido pelo governo da Paraíba.

Vale a pena se debruçar na galeria de arte que é o seu endereço no Flickr, sob o pseudônimo de Derby Blue.

No vídeo abaixo, gravado para um trabalho acadêmico, uma breve entrevista e um portfolio virtual de tirar o fôlego:


(Referência: O Grito)

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