11 de jun. de 2011

A Epidemia e a Paranóia

Há dois anos, o aparecimento do vírus H1N1 causou a paralização das atividades de escolas, cinemas e teatros em mais de 70 países e levou a Organização Mundial da Saúde a declarar quadro pandêmico da doença. Na Argentina, o número elevado de mortes pela suposta epidemia gerou um clima de paranóia que se impregnou na mídia e sociedade civil. Para o artista digital Tomas Rawski, dentre os vários sintomas da Gripe A, o que se propagou com maior intensidade e velocidade foi o da ‘informação’.


Durante o episódio, ele coletou textos de notícias e emails que circularam, sem fazer distinção entre material informativo e o buzz sobre os inúmeros perigos de contaminação em  aglomerações, a maneira como se deveria cobrir a boca para tossir e o risco mortal de se cumprimentar alguém com abraços e beijos no rosto. O material foi transformado em uma peça de net art que consiste em um amontoado de letras que se movem ao som das notícias gravadas, como o debate da OMS sobre os direitos da Roche sobre o antiviral Tamiflu, que dá nome à obra.

O resultado é colorido, barulhento e confuso e, passada a crise, parece um retrato bem humorado do clima de paranóia e desconfiança que se instaurou nos espaços públicos de Buenos Aires na época. Clique aqui para conferir

(via The Creators Project)

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