13 de jul. de 2010

As lições de gestão do Grateful Dead

Nesse Dia do Rock, publico aqui um post que mostra que grandes lições de negócios saem dos lugares mais inesperados e aulas de inovação vêm dos lugares mais insuspeitos, até mesmo de uma banda de rock hippie.


A banda Grateful Dead, fundada em São Francisco nos anos 60 pelo carismático Jerry Garcia, se tornou um dos ícones da contracultura, graças a obras primas do rock, como o álbum American Beauty, de 1970.

Pois bem, especialistas em negócios estão mostrando que o legado do Dead vai além. Práticas adotadas pela banda nos anos 60 e 70 mostram que eles anteciparam algumas das principais tendências atuais na área de gestão.

Replico abaixo uma seleção feita recentemente pela revista Atlantic Monthly


Fidelização do cliente - A banda foi pioneira na criação de uma linha telefônica direta para fãs, que podiam reservar ingressos por telefone. Esse tipo de serviço em corporações americanas só começou a surgir uma década depois. A Broadway adotou a prática no fim dos anos 80, para os ingressos;

Gestão 360 graus - Em contraponto à rígida estrutura verticalizada de outras bandas, o Grateful Dead estabeleceu uma gestão horizontalizada. A banda era administrada por um conselho, composto dos músicos, da equipe sonora e até de membros do fã-clube. O cargo de CEO era ocupado em revezamento pelos principais membros do grupo;

Modelo Free - O modelo de negócios grátis, tema principal do último best seller de Chris Anderson, foi antecipado em três décadas pela banda. Nos anos 70, o Grateful Dead incentivou os fãs a gravarem em cassete os concertos do grupo e distribuí-los de graça. “A melhor forma de criar demanda para o seu produto é dá-lo de graça”, escreveu em 1994, na Wired, o ex-letrista do Dead, John Perry Barlow;

Redes sociais - O fenômeno das redes sociais também foi antecipado pela comunidade de fãs da banda. Nos anos 80, os sociólogos acreditavam que os membros de comunidades a distância não criavam elos duradouros. Hoje, graças a Orkut e Facebook, todo mundo sabe que não é assim. A falácia do argumento já tinha, no entanto, sido provada em 1986 num estudo comportamental feito nos Estados Unidos com is fãs mais fanáticos da banda, conhecidos como Deadheads, cujo estilo é o mesmo das atuais comunidades online.

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