Oui, oui, Fast Food!
Até o ano passado, saborear os pratos de Paul Bocuse, um dos chefs mais badalados da França, exigia uma visita ao L'Auberge du Pont de Collonges, seu restaurante com três estrelas no Guia Michelin perto de Lyon. Lá, os frequentadores podem relaxar sob a luz de candelabros e comem a famosa sopa de trufas de Bocuse pela bagatela de 80 euros a porção.
Agora, no entanto, Bocuse oferece pratos quentes de ravióli de salmão por 6,40 euros e o hamburguer 'César Classic' feito com carne bovina local, que sai por 9,40 euros, com direito a bebida e sobremesa. As iguarias estão disponíveis em bandejões do Ouest Express, seus mais recentes empreendimentos que podem sim ser chamados de restaurantes fast food.
Alain Ducasse, outro grande nome da culinária francesa, tem duas lojas de sanduíches em Paris chamadas Be Boulangépicier e Café Be, onde um baguete fresco Parisiense custa 4,75 euros e uma Caesar Salad sai por 8,25. Outra estrela do Guia Michelin, Guy Martin, por sua vez, oferece na sanduícheria Miyou uma salada de bacalhau fresco, feno e laranja por 9,80 euros, e um baguete de foie gras e geléia de manga por 7,10 euros.
Sim, definitivamente, os franceses entraram na onda do fast food - embora em uma versão très sofistiquée - em detrimento dos restaurantes tradicionais, talvez por conta da crise econômica, talvez pela correria do dia a dia. Fato é que até mesmo o símbolo máximo das refeições rápidas, o McDonald's, até pouco tempo atrás alvo de frequentes críticas e protestos, já fatura 3,3 bilhões de euros em mais de 1100 lojas no país.
Um marco nessa tendência será a chegada de Ronald McDonald ao Museu do Louvre, prevista para dezembro... Quem diria que a Mona Lisa teria um dia um vizinho como esse, hem?!
(Fonte: Wall Street Journal)
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