7 de abr. de 2009


Na cidade de Biisk, no território de Altai, sul da Sibéria, a companhia Triyera resolveu se valer da boa fé dos consumidores para vender mais. Diz que a água “Fonte da montanha – batismal”, que comercializa desde março deste ano, a preços bem mais altos do que a concorrência, é benta.

O produto teria sido engarrafado durante a Epifania (celebrada na Rússia no dia 19 de janeiro), quando a fonte teria sido benta segundo as tradições ortodoxas. A publicidade vai ainda mais longe “Janeiro já passou há muito tempo e há longas filas na igreja. O que fazer se você não conseguiu fazer um estoque de água benta? Pode esperar o ano que vem – ou simplesmente ir ao mercado. Nos preocupamos com quem precisa de água benta o ano inteiro”.

A igreja pediu que a empresa parasse de vender a tal água e ameaçou levar o caso para a Justiça. Em carta à Triyvera, falou de sacrilégio, afirmou que a água não era benta e “que era inaceitável distribuir sacramentos desta maneira”. Segundo a tradição, a água benta durante a celebração da Epifania se torna sagrada e tem propriedades curativas. Os religiosos fervorosos costumam estocá-la por longos períodos. A história saiu no jornal russo Novye Izvestia. De acordo com o site Altapress.ru, vários supermercados estariam pensando em retirar a bendita água das prateleiras depois de receber cartas da igreja. O diretor da empresa disse entender a reação da igreja, mas não concorda que só ela possa fazer negócios neste setor.

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