4 de jun. de 2009



A Whole Foods é atualmente o supermercado mais badalado dos Estados Unidos. Fundada em 1980 com 19 funcionários no Texas, a rede varejista conta hoje com mais de 270 lojas espalhadas pelos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido. Apostando na tendência de valorização de alimentos saudáveis, produzidos sem riscos ao meio ambiente, o negócio vale US$ 6 bilhões e ostenta a maior rentabilidade da indústria - suas ações cresceram 3000% desde a abertura de capital.

A rede opera sob a crença de que as lojas tem que ter todo o poder do mundo para tomar suas próprias iniciativas. A única regra que devem seguir é a regra que diz que todos os alimentos vendidos devem ser livres de conservantes artificiais, cores, sabores, adoçantes e qualquer ingrediente artificial.


Cada loja e cada região tem o seu próprio departamento de marketing, produtos, treinamento e outras funções críticas necessárias para a coisa toda acontecer com agilidade. A descentralização é tão grande que até as contratações são decididas coletivamente.


Partindo da premissa de que a loja é um palco, o design das instalações da Whole Foods é orientado para emocionar o consumidor e incentivá-lo a explorar o local. Em vez da luz branca, distribuída de maneira uniforme por toda a loja, há pontos alternados de luz amarela e branca, que criam uma ambientação agradável e acolhedora e realçam a cor dos alimentos, tornando-os mais apetitosos. Outra boa surpresa: nada da voz estridente de um locutor. A loja oferece música ambiente suave e constante, raramente interrompida por avisos de ofertas ou por recados a funcionários.


Os compradores são incentivados a experimentar os alimentos e tocar tudo que está na loja. Uma boa parte delas, inclusive, oferece um buffet para refeições a qualquer hora do dia, onde, como se pode ver na foto acima, o que não falta é legume e verdura.

Através de um extraordinário sistema de atendimento ao cliente, a WF acredita que pode transformar compradores em evangelistas da empresa. Ao invés de investir nos tradicionais meios de propaganda e marketing, ela usa a influência dos seus consumidores como veículo de propaganda.



Os gerentes desenvolvem ações regionalizadas para estreitar relacionamento e atrair novos clientes. É emblemático o caso da gerente de uma loja em Nova York, que decidiu distribuir Gatorade gratuitamente nos domingos de manhã para quem estivesse se exercitando nas imediações da loja. Além disso, todos os funcionários tem a liberdade de promover ações de fidelização de clientes, oferecendo descontos ou produtos para degustação, num valor de US$ 20 por dia.

Enfim, uma grande case de sucesso!

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