14 de mai. de 2009


Com investimento inicial de US$ 8,2 milhões do empresário norte-americano Philip Balboni - fundador e presidente da empresa de comunicação New England Cable News (NECN) - o GlobalPost propõe um novo modelo de negócios na saturada área do jornalismo.

São 72 correspondentes em cinco continentes, em países como Zimbabué, Iraque, Índia, Líbano, Reino Unido, França, Polônia e Brasil, incluindo veteranos de grandes organizações, como CNN, Washington Post, Time, Reuters e AP. Com cobertura diária, a proposta da agência é apostar na contextualização dos fatos e não simplesmente na sua mera divulgação.

Os jornalistas recebem, em geral, US$ 1 mil por mês como freelancers em meio período, o que significa que eles podem continuar a trabalhar para outros lugares. Estes profissionais receberam câmeras de vídeo digitais e tem algumas despesas com viagens cobertas pela publicação, mas, na maioria das vezes, trabalham de casa, eliminando os custos com a manutenção de uma sucursal. Eles ganham ainda uma participação na Global News Enterprises, que tem capital fechado. Esta participação pode atingir metade das ações que não pertencem aos 14 fundadores da empresa.

A interatividade é uma das características mais destacadas da nova agência. Já com presença no Facebook e no Twitter, o GlobalPost ainda dispõe de um serviço chamado "Passport You" para assinantes, que permite que os internautas sugiram reportagens, votem nas ideias mais interessantes e mantenham contato com os repórteres.


Como a receita do GlobalPost depende, em sua grande maioria, de publicidade – e receita publicitária não é algo fácil hoje em dia –, Philip Balboni diz que a companhia espera operar sem lucros por três anos enquanto desenvolve outras duas fontes de renda: a venda de matérias para jornais e as assinaturas anuais por conteúdo premium.

Independente se dará certo ou não, a iniciativa é digna de nota.

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